É o concílio dos Deuses no Olimpo um modo
de interligar os deuses com a viagem. Será no Olimpo que se decidirá “sobre as
cousas futuras do Oriente” e foi este concílio convocado por Júpiter - pai dos
Deuses.
A disposição hierárquica que é feita nesta
reunião apresenta-se de maneira a que os considerados deuses menores (deuses
dos “sete céus”) exponham também as suas opiniões sobre o seguimento ou não da
armada portuguesa em direcção ao Oriente.
Júpiter profere o seu discurso, anunciando
a sua boa vontade do prosseguimento da viagem dos lusitanos, e que estes sejam
recebidos como bons amigos na costa africana.
Júpiter diz que o facto dos portugueses
enfrentarem mares desconhecidos, e de estar decidido pelos Fados que o povo
lusitano fará esquecer através dos seus feitos os Assírios, os Persas, os
Gregos e os Romanos, é motivo para que a navegação continue.
Após este discurso, são consideradas outras
posições em que se destaca a oposição de Baco, pois este receia vir a perder
toda a fama que havia adquirido no Oriente caso os portugueses atinjam o
objectivo.
Uma outra posição de destaque é a de Vénus
que defende os portugueses não só por se tratar de uma gente muito semelhante à
do seu amado povo latino e com uma língua derivada do Latim, como também por
terem demonstrado grande valentia no norte de África. É também Marte - Deus da
guerra - um Deus defensor desta gente
lusitana, porque o amor antigo que o ligava a Vénus o leva a tomar essa posição
e porque reconhece a bravura deste povo.
No seu discurso, Marte pretende que Júpiter
não volte atrás com a sua palavra e pede a Mercúrio - o Deus mensageiro - que
colha informações sobre a Índia, pois começa a desconfiar da posição tomada por
Baco.
Este concílio termina com a decisão
favorável aos portugueses e cada um dos deuses regressa ao seu domínio celeste.
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