Num
jardim botânico conhecido e reconhecido «morava» uma bela e muito pequena flor,
de espécie desconhecida. Chamava-se Jessie, pois vinha da América, mas era
conhecida pelas outras flores como pequenota, baixinha, etc. Os mais
convencidos e irónicos ainda acrescentavam:
“Que flor tão grande nunca vi maior. AH!AH!AH!AH!AH!.”
Ela
sentia -se triste e humilhada, mas não sabia maneira de crescer. Já tinha
tentado comer muitos sais minerais ou ir ao ginásio da dona Rosa ou até ir ao
centro de crescimento do Dr. Amaranto, mas nada havia resultado.
A
florzinha percebeu que teria de sofrer uns longos e floridos anos de criticas e
desprezos.
Todas
as noites, quando o jardim botânico era atacado pelo sono, a florzinha perguntava
à deusa Floral:
-
Porquê Floral? Porquê isto? Toda a gente me despreza. Porquê?
E
depois de muitas mais perguntas adormecia embalada pelo sono.
Foi
assim durante algumas noites, até que uma noite, a florzinha tomou uma decisão
que estava na sua cabeça já fazia tempo, mas nunca tinha coragem para a tomar:
ia enfrentar todas as plantas que gozassem com ela e acabar com aquele
tormento.
Passaram
anos, que para a florzinha foram bem melhores do que o que ela pensava, sem
tormentos e gozos até que num dia ensolarado a florzinha notou que estava grande,
bonita, elegante, florida, colorida e tudo mais. As outras flores olhavam para
aquela flor esplendorosa que havia sido gozada por todos.
Uns
ainda perguntaram:
- Jessie, agora que és maior e mais bonita vais
gozar-nos?
- Não!!!-disse Jessie séria tentando segurar a
sua alegria.
Ela
estava tão feliz. Ninguém gozava com ela, todos lhe pediam desculpa e até a
tratavam pelo nome. Chamaram-na também para se juntar a alguns grupos da
sociedade florida em que viviam.
Todas
as pessoas que por ela passavam descreviam-na. Por exemplo, diziam que era uma
flor alta, aberta e bem colorida, com um pé firme e o pólen era o mais amarelo
que já se viu. A Jessie continuou uma espécie desconhecida, mas muito apreciada
e eu que a vi posso afirmar todos os elogios.
A
moral da história é clara como a água e verde como as folhas: Devagar se vai ao
longe.
Fabiana,
5º B